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Ilu Ayê

Ficha Técnica:

Presidente: Fernando Igbin

Carnavalesco: Felipe Bessem

Intérprete: James Bernardes

Autores do Enredo: Felipe Bessem e Fernando Igbin

"Oni Ogbin — Há de se festejar a vida nas noites de Lua Nova"

O Desfile

-- alas | -- Alegorias | -- Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira

Ordem do Desfile (Grupo ---)

--º escola a desfilar (---)

Classificação

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Sinopse

Autores: Felipe Bessem e Fernando Igbin

Carnavalesco: Felipe Bessem

Oni Ogbin — Há de se festejar a vida nas noites de Lua Nova

Justificativa:

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Sinopse:

O mundo não era esse
E os humanos passavam fome
Okô era senhor que vagava pela Terra
De todos os Orixás, era o único sem domínio

Os homens guerreavam por alimento
Os frutos que nasciam nas árvores não chegavam ao chão
Sem chão, sem vida
Bocas famintas avançavam nas árvores
Caçavam animais
A Terra ia sucumbir

Então Okô despertou
Ao observar que as árvores abundavam seus galhos
com frutos por algum motivo

Seus frutos são sementes!
A vida precisa continuar

Oxalá ordena e quer que se cumpra:
Okô será Oni Ogbin, o Senhor da Agricultura.

Okô era caçador, donos de terras imensas
Caçava com maestria Adiè Étu
Que só eram encontradas em fazendas de Ogun

Ogun era jovem rico, herdeiro de grande fortuna
Não sabia o que fazer com seu poder
De forjar o ferro com suas mãos
Suas fazendas eram pastos gigantes
Onde Ogun criava gado e alimentava seu povo

Okô era amigo de Ogun, companheiro de caçadas
Juntos traziam alimento para não matar o povo de fome
Quando Oxalá entrega a missão de semear o planeta à Okô
Este se vê numa encruzilhada nunca vista

Como arar vastas terras só com as mãos?
Só com a sorte?

Ogun forjava objetos sem serventia
Até o dia em que uma lâmina afiada corta a terra
Okô desperta!

A terra cortada acolheria
A semente que viraria fruto um dia.

Nascia ali a agricultura e com ela seus dois padroeiros
Do ferro de Ogun, as ferramentas:
Enxada, machado, foice, facão
Da bolsa da vida de Okô, as sementes
O inhame, o orobô, a cabaça, o baru

Alimento não há de faltar
Nem suor derramado na lida
Okô já mandou semear
O inhame transborda de vida
O arado levanta poeira
Abre rios de esperança na roça
Quem esperar, vai ver florescer
A colheita da Lua Nova
O saber do grande agricultor
Leva em conta as noites lunares
Se quiseres colheita odara
Não semeie na Lua minguada

O poder que nasceu é enorme
Está sobre seus domínios, os grãos
A terra que não frutificava
Agora passou ofertar
Milharais, coqueirais, dendezeiros
Doce cana, inhame e mel
Porque as abelhas pertencem a Ele
Pois sem Ele não há flor

A semente que encontra no chão
O ambiente para germinar
A raiz que faz a fundação
Vai crescer, se multiplicar
Quando a reza é entoada
Pelo agricultores da aldeia
Cores e aromas florescem

Boas novas trazem as abelhas

Mensageiras da fertilidade
E sem elas não há o porvir
De flor em flor a magia acontece
Maferefun, Okô!
Que Okô transborde somente as coisas maravilhosas!

Oyin que passeia entre as flores
Espalhando pelo ar o axé
Tem o Sol que matiza as cores
Lavrador vai cantando com fé
Só Okô sabe o tempo certo
A hora de plantar e colher
Se respeitar o Senhor e seu cetro
Muito terá por merecer
Nunca duvide de Oni Ogbin
O maior sabedor deste terra
Na retomada do ciclo
Pra agradar, Lhe ofereça uma festa

Okô é a transformação
Entre a terra e o homem, é a pegada
Responsável por toda ação
Natureza moldada na enxada
Se de dia é um bom ancião
Sob a Lua engana a morte
De Ewá recebe as almas
E destina a elas, a sorte

Sua vocação é a vida
Pois do ventre da vida foi gerado
Iemanjá, doce mar, doce mãe
Oxalá no cajado apoiado

Omulu é da peste senhor
É a cura para todo mal
Mas a febre do agricultor
É Okô que coloca a mão
A malária passou por aqui
Atingiu todo lavrador
E Okô intercede por eles
E a força de Okô os curou

Se Iku foi por ele enganado
É a prova de grande valor
Ewá é dos seus olhos, menina
Mas por ele nunca se apaixonou
Mas vingança ele não promete
Porque ele só sabe dar
O melhor que esta terra fornece
Ensinamento de mãe Iemanjá
Omulu é irmão, é da palha
E aisan ele ajuda a curar
Mo’juba, Okô! Nós te saudamos
Grandioso filho de Oxalá

Em todo lugar que ele pisa
Floresce a vida no Ayiê
E para todos, a grande lição:
Partilhar o que a terra nos deu
O saber de Okô faz a semente brotar
Mas a fé que a gente sente
É como a água a regar

E para agradecer o grande Senhor das colheitas
Vamos oferecer em noite de lua nova
Galo branco, cabrito e pombo
E uma brava galinha d’angola
O dendê não suja seu branco
É ewó, nem adianta perdão
Tempere todo o banquete com mel
Leve muitos inhames ao pilão

A festa da colheita é chegada
No batuque, o suor do ogan
O isú é comida sagrada
Come quem anda com Oxaguian

O momento do fim é sabido
Quando o opaxorô toca o chão
E o som da flauta ponteia
O novo ciclo a chegar

Se Okô falou, não se esqueça!
O segredo é compartilhar
O saber, o trabalho, a colheita
Alimento não há de faltar

Preces antes e no fim
Na Lua Nova a vida,
Nasce, renasce e assim…
Segue os passos de Oni Ogbin!

Glossário:

Adiè Ètú : Galinha d’angola
Maferefun, Okô! : Seja louvado, Okô!
Oyin : Abelha
Aisan : Malária
Ewó : algo absurdo
Isú : inhame
Oni Ogbin : Senhor da Agricultura

Samba Enredo

Compositores

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Intérprete

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LETRA DO SAMBA ENREDO

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