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G.R.E.S.V. Portela

Ficha Técnica:

Presidente: Adão Flores

Vice-Presidente: Alex Silva

Carnavalescos: Adão Flores e Fernando Barbosa

Intérprete: Diego Nicolau

Autores do Enredo: Adão Flores

"Clara Nunes - O mar serenou quando ela pisou na areia, quem samba na beira do mar é sereia"

O Desfile

-- alas | -- Alegorias | -- Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira

Ordem do Desfile (Grupo ---)

--º escola a desfilar (---)

Classificação

--

Sinopse

Autores: Adão Flores

Carnavalesco: Adão Flores

Clara Nunes - O mar serenou quando ela pisou na areia, quem samba na beira do mar é sereia

Sinopse:

“O mar serenou quando ela pisou

Na areia

Quem samba na beira do mar

É sereia”

A mais jovem dos sete filhos, crescera vivendo de forma humilde no interior de Minas Gerais, onde futuramente Começou sua vida trabalhando como tecelã em uma fábrica de tecidos. Conheceu pessoas importantes no ramo da música brasileira e deu início a sua carreira como cantora.

“Tinha uma vendinha no canto da rua

Onde o mangaieiro ia se animar

Tomar uma bicada com lambu assado

E olhar pra Maria do Juá”

Influenciada por seu pai, defendia as raízes e tradições brasileiras, as diferenças regionais, os mercados populares, as festas folclóricas do interior, as quais conheceu ainda em sua infância.

“Jêje

Minha sede é dos rios

A minha cor é o arco-íris

Minha fome é tanta

Planta flor, irmã da bandeira

A minha sina é verde-amarela

Feito a bananeira”

 

No início da da década de 1960 conheceu inúmeros artistas, adotou o nome artístico de Clara Nunes e começou a participar de inúmeros concursos da música.

“Iansã penteia

Os seus cabelos macios

Quando a luz da lua cheia

Clareia as águas do rio

Ogum sonhava

Com a filha de Nanã

E pensava q as estrelas

Eram os olhos de Iansã”

Em 1970 se apresentou em Luanda na angola e a partir daí iniciou a sua afirmação com a religiosidade afro-brasileira, visitou terreiros e incorporou o seu visual característico de roupas brancas, conchas, flores, colares, turbantes e contas.

“Se vocês querem saber quem eu sou

Eu sou a tal mineira

Filha de Angola, de Ketu e Nagô

Não sou de brincadeira

Canto pelos sete cantos

Não temo quebrantos

Porque eu sou guerreira

Dentro do samba eu nasci

Me criei, me converti

E ninguém vai tombar a minha bandeira”

Mais tarde conheceu a Portela e passou a ser consagrada na agremiação, ganhou o título de madrinha da velha guarda. Se rendeu a escola e nunca mais abandonou.

“Portela

Eu nunca vi coisa mais bela

Quando ela pisa a passarela

E vai entrando na avenida

Parece

A maravilha de aquarela que surgiu

O manto azul da padroeira do Brasil

Nossa Senhora Aparecida”

A guerreira negra lutou e defendeu por muito tempo as tradições, culturas e religiosidade do povo preto, trazendo esses costumes e essa identificação com tal cultura para sua carreira onde lançou músicas que fizeram amplo sucesso, unindo Brasil e África. Desta forma teve um papel importantíssimo na popularização da cultura afro brasileira, quebrando o preconceito.

“E ecoa noite e dia

É ensurdecedor

Ai, mas que agonia

O canto do trabalhador

Esse canto que devia

Ser um canto de alegria

Soa apenas

Como um soluçar de dor”

A filha de ogum com iansã, deixou este plano cedo, fazendo a saudade vir à tona toda vez que a sua representatividade, o seu talento, a sua força, o seu clamor, é exposto. 37 anos se passam desde a sua partida, e desde então não existe outro sentimento no coração de todos senão a saudade, desse jeito um tanto melancólico, cada vez a sua estrela se torna ainda mais brilhante, a luz que emana quando se toca no seu nome irradia e se transforma em poesia, enaltecendo o ser incrível que sempre serás.

Portanto é chegada a hora de pisar mais uma vez a avenida, trajar as vestes brancas e colares, que se misturam ao azul de uma nação inteira, para reencontrar o seu povo mestiço, e então dizer, “voltei, à avenida saudosista, para o azul e branco modernista, eternizar!”

Axé!

Adão Flores, carnavalesco

Samba Enredo

Compositores

Filipe Olivieri, Wagner do Cavaco, Dinei Sampa, Luizão e Claudete Carvalho.

Intérprete

---


LETRA DO SAMBA ENREDO

Um dia...
O ser de luz nasceu
Numa cidade do interior
A música então lhe escolheu
E em seus braços acolheu
Surge uma estrela a brilhar
Mineira do coração carioca
Menina, morena de Angola
Filha de ketu e Nagô
O mais belo canto das raças

Ooo OOO o raio de Oyá minha mãe clareou
Ooo OOo Por caminhos que meu pai Ogum me guiou

Beira mar... Foi quem mandou lhe chamar
A sereia que samba na areia do mar
O povo todo pediu e o samba tanto clamou
Pra avenida a Clara Guerreira Voltou

Firma o ponto batendo cabeça pro santo
PORTELA estende seu manto
Pra "Majestade Clara"
Axé! Segue a mais linda procissão
Azul e branca em frente ao altar do samba
Eu vou cantar...
De Oswaldo Cruz à Madureira
Portela de Paulo, Natal e Candeia
Se curva ao meu sabiá...
Na força dos seus ancestrais
Traz de volta o seu cantar

Deusa dos Orixás!

O mar serenou marejou meu olhar
A saudade apertou, em meu peito só
Nas asas da Águia altaneira
Canta meu Sabiá!

O Concurso de Samba de Enredo


Concurso de samba enredo GRESV Portela:

Os sambas poderão ser feitos solo ou em parceria de compositores;
– Cada compositor ou parceria poderá colocar em disputa quantos sambas quiser;
– É necessário envio do áudio com no mínimo duas passadas do samba, com ou sem instrumentos;
– O envio do samba em arquivo mp3, juntamente com a letra em word/bloco de notas deverá ser encaminhado para o e-mail: gresv.portela@gmail.com
– Data limite para entrega dos sambas: 10 de Abril de 2021, até as 23:59 h.
– Qualquer dúvida, entrar em contato no Instagram da escola @g.r.e.s.v_portela

Samba 01

Compositores:  Guilherme Gonçalves


Um canto da raça

um conto de areia

na linha do mar, Portela

tão cheia de graça

Iansã te penteia

Clara Nunes na Passarela

 

Ó Minas Gerais

Maria do Juá olhai

pra minha cultura levanto a bandeira

feito a bananeira, raiz brasileira

um dia ogum sonhou

eu nos braços de nanã

a lua cheia me abençoou

brilhei como o sol pela manhã

 

ela é mineira

de angola é ela

samba a sereia

canta a portela

feito a aquarela na avenida

sob o manto, da senhora aparecida

 

Embala eu, nesse fuzuê

antes q o grito, possa me ensurdecer

choro de saudade

tristeza pé no chão

mas na eternidade

vive em meu coração

 

mas iansã, cade a Clara

cesse o meu soluçar de dor

mas essa alegria, nada cala

em azul e branco, pinto uma história de amor

Samba  2

Compositores: Túlio Rabelo, Henrique da Águia e Diego


Eu sou Portela...
Hoje vou chorar de emoção
No clarear da passarela
Lá vem ela... divina perfeição

Guerreira sabiá
Como é bom te reencontrar
És filha de Ogum com Iansã
Clara... oh Clara
Mineirinha... baianinha que me encantou
O mar serenou, quando ecoou
O teu lindo samba de amor

Clareia... clareia
"Quem samba no fundo do mar é sereia"
Clareia... clareia
É Madureira... sob a luz da lua cheia

Que beleza... ôôôô
No altar do samba
Ver a raiz que você germinou

Nesta avenida saudosista
Brilha a estrela
Diva dos Orixás... axé!
Saravá... eu vou com fé
Ela é de Angola, ketu e nagô
Nossa Senhora... salve o manto do amor
Ginga em seu visual divino
Desenhada com pincel
Homenagem que eternizo
Povo mestiço, um lindo céu

Samba 3

Compositores: Bruno Pontes, Ivandrey Araújo, Abraão do Vai Vai e Marcus Lopes


O meu canto hoje é saudade
Vai ecoar, percorrer toda cidade
O samba emana sua l uz
E transborda de emoção
Oh Clara Nunes dona do meu coração

O vento sopra, tece os fios do destino
Vestindo a alma a certeza de um dom
Por entre os campos e o bailar dos passarinhos
Um sabiá encantou a multidão
Voa, leva ao mundo a beleza
Nas culturas em seus versos
Um arco-íris de riqueza
Encontra o azul que repousa em Madureira
Linda águia altaneira
Num cortejo triunfal

Salve o manto estendido na bandeira
Salve a santa padroeira
Que abençoa o carnaval

Clara, brilham os olhos marejados
O coração apertado
Tantas raças, um clamor
Tu és a voz do indio guerreiro
Que soltou no cativeiro
Triste soluçar de dor
Se Ogum é meu pai
Inhasã é quem me guia
Orgulhosa e saudosista
Ao seu brado relembrar
Oh minha guerreira
Sigo em tua companhia
Voa meu sabiá, até um dia

 

Samba  4

Compositores: Alex Roman, Priscila Bueno, Vinícius Carvalho


Ah eu nunca vi coisa mais bela

seu branco quando ela pisa a passarela

mineira teu canto é mais pura raiz brasileira

quem canta na beira do mar é a linda sereia

mas o mar serenou colares conchas e flor

filha de Angola de ketu e Nagô

clareia guerreira vi nos olhos de Yansã

o atabaque ecoar no terreiro

para o povo negro é um novo amanhã

axé minha águia guerreira

meu Ogum te ilumina em lua cheia

canta esse ponto para firmar

meu ogã que vai tocar saravá

vestida com divino manto

meu azul e branco salve ela

que ainda velha guarda chora

a sua madrinha foi embora Portela

o tempo passou aumentou a saudade

trilhando os caminhos para eternidade

raiou um ser de luz resplandeceu

é Clara a luz do teu olhar

um chão de poesias vem da África

Ecoa noite e dia como um soluçar de dor

te levo para os  braços do povo

Para o ninho da águia que você morou

axé meu pai Ogum eparrei minha mãe Oyá

é Clara guerreira fruto da Jaqueira onde canta o sabiá

Samba 5

Compositores: João Vidal


Vai saudade!
Traz de volta à Portela
Os pés descalços na areia
Na beira do mar é sereia... é clara Guerreira
No meio da rua cantando
Vestindo o manto azul e branco
"Tecendo" o destino, mareja
Nossa sede que é dos rios
Planta for sem ter espinho
"Feito bananeira"

Eparrey, Oyá, Oyá! É Clara Guerreira que me faz sonhar
Ogunhê, meu pai Saravá!
"Vestido branco" no terreiro, Saravá!

É a tal "mineira"
Que dentro do Samba se criou
Não é de brincadeira, nem teme quebranto
O canto do negro que chorou
Eu sou Portela
Filha de Madureira
Salve o samba, salve ela
A santa em Aquarela
Clareia meu olhar, já serenou

Voa Sabiá! Vem reencontrar seu povo
Pousa no sonho da Águia, que é te ver De novo
Morena, moreninha... Baianinha Iorubanana
Eu sou Portela, majestade do samba

Samba  6

Compositores: Cláudio Sampaio


Mareou, ouça o canto do mar!
Se transforma em poesia, pela voz de um sabiá.
Batam palmas para Clara
Filha de Yansã e Ogum
Portela, traz sua alma do Orum.
Portela, traz sua alma do Orum

Chora,
Ás vezes, faz bem chorar
E matando essa saudade relembrar,
Nossa musa Claridade!
Da tal Mineira
Que não teme quebrantos nem magia
Foi guerreira e ergueu com galhardia
Pro samba a sua bandeira.
Tecendo notas até o fim
Na ginga de um tamborim.
O seu conto de areia,
Três raças em união,
Força da natureza,
Promessa à São Durão.
Desse mundo de ilusão
Eu vou me embora
Na canela o chocalho
Da morena de angola.

Amanheceu, apareceu
Menino Deus, Salvando o mundo!
Yemanjá a serenar
Afoga todo o mal no mar profundo.

Assim sua missão foi cantar
Espalhando no ar
O amor e a vida
Me deu vontade de chorar
Ao ver sua Portela na Avenida
Foi nos braços de Olorum
Agora reina no Orum
E hoje o manto da Padroeira
Matiza o branco e o azul
De minha bandeira.

Samba  7-Campeão

Compositores: Filipe Olivieri, Wagner do Cavaco,Dinei Sampa, Luizão e Claudete Carvalho.


Um dia...
O ser de luz nasceu
Numa cidade do interior
A música então lhe escolheu
E em seus braços acolheu
Surge uma estrela a brilhar
Mineira do coração carioca
Menina, morena de Angola
Filha de ketu e Nago
O mais belo canto das raças

Ooo OOO o raio de oya minha mãe clareou
Ooo OOo Por caminhos que meu pai Ogum me guiou

Beira mar... Foi quem mandou lhe chamar
A sereia que samba na areia do mar
O povo todo pediu e o samba tanto clamou
Pra avenida a Clara Guerreira Voltou

Firma o ponto batendo cabeça pro santo
PORTELA estende seu manto
Pra "Majestade Clara"
Axé! Segue a mais linda procissão
Azul e branca em frente ao altar do samba
Eu vou cantar...
De Oswaldo Cruz à Madureira
Portela de Paulo, Natal e Candeia
Se curva ao meu sabiá...
Na força dos seus ancestrais
Traz de volta o seu cantar
Deusa dos Orixás!

O mar serenou marejou meu olhar
A saudade apertou, em meu peito só
Nas asas da Águia altaneira
Canta meu Sabiá!